Impressão 3D de peças é saída para restauradores de carros (Foto: Radar Nacional)
De olho na crise econômica e na crescente procura pela manutenção de automóveis, uma empresa resolveu criar um departamento customizado de peças e outros componentes. A novidade é que os produtos sob demanda serão fabricados por uma impressora 3D. A proposta mira também restauradores de carros antigos que têm dificuldades de encontrar peças no mercado e que agora terão à disposição os produtos por bons preços.
O Grupo SJTECH acompanha a tendência da procura maior por seminovos e antigos em relação aos veículos zero km. E também vai oferecer soluções para os setores agrícola e rodoviário, que tiveram queda de 53% nas vendas de implementos novos no início do ano.
“Em época de situação econômica claudicante, consequentemente, ressurge a venda de seminovos sem falar na sempre presente vontade de andar com seu “carro de estimação”. Neste cenário renasce também a necessidade de consolidar a manutenção periódica ou preventiva”, afirma Elza Guerra, diretora comercial da SJTECH.
Os desenvolvimentos impressos em 3D atendem diferentes expectativas que têm o caminho da economia como ponto final. “Neste segmento que compreende veículos antigos e seminovos, propomos ao colecionador e ao mecânico o desafio de nos trazer determinada necessidade. Em contrapartida, a SJTECH investiu na fábrica de sonhos da impressão 3D, localizada em Barueri, São Paulo. Podemos imprimir em 3D diferentes peças, além de oferecermos ao cliente a possibilidade de possuir uma impressora 3D em sua casa ou em sua oficina”, detalha a diretora.
Outra vantagem é o tempo. Peças serão criadas rapidamente e eliminarão o desgaste com a espera ou a com a procura de componentes já fora dos catálogos das fabricantes.
Readequação
O ano de 2015 é marcado para o setor de autopeças como um período para se apagar da história. A forte queda nas vendas de veículos novos refletiu diretamente no segmento, que amargou retração de 17,8% na demanda, influenciada principalmente pelas montadoras. Em consequência da desaceleração do segmento, cerca de 20 mil vagas de trabalho foram encerradas naquele ano. No entanto, de acordo com informações do Jornal Brasil Peças, o aumento nas vendas de carros usados e estratégias de mercado têm ditado novos rumos para este ano.
Esse conjunto de fatores já refletiu positivamente no primeiro trimestre. O destaque é o segmento de reparação. Segundo dados da Fecomércio-SP, as lojas física de autopeças superaram em 30,8% as compras nas concessionárias.
Mas a forte tendência verificada no período é a compra de peças pela internet. O crescimento já chega a 82,7% na procura de clientes que preferem economizar tempo e encontrar preços mais atrativos. Quem enxergou isso e encontrou boas oportunidades foi a Vetor Automotivo, que apostou também na comunicação online com seu público e tem obtido retorno. Outras empresas que apostaram no e-commerce, como a Arsenal Car e AZ Acessórios já tiveram um incremento de 80% nas vendas.
A distribuição e autopeças se ajustaram para se adaptar aos novos tempos do setor de reposição. Distribuidores apostam na seletividade do produto e reduzem os estoques, um risco para o momento. As reservas são formadas, em sua maioria, por pelas com maior rotatividade.
Fonte: Radar Nacional