(Foto: constran.com.br)
Um grupo interdisciplinar formado pelo governo do Estado, bancada federal e diretores da Rumo/ALL apresentará, em 60 dias, um estudo de viabilidade e investimentos para o modal ferroviário de Mato Grosso do Sul. O projeto foi acertado ontem, em reunião que contou com a presença do governador Reinaldo Azambuja, bancada federal de MS e o presidente da Rumo All, Júlio Fontana.
Durante o encontro, foram apresentados os estudos e as condições da ferrovia que o Grupo Cosan (Rumo Logística) herdou com a fusão com a América Latina Logística (ALL). Além disso, foi estipulado prazo para apresentação de um projeto. “No dia 24 de agosto, vamos apresentar os investimentos necessários e os passos que daremos para que Mato Grosso do Sul tenha uma ferrovia competitiva e viável”, disse o governador.
Segundo ele, o estudo mostrará a cada parceiro o compromisso de cada um, ou seja, do governo federal, da bancada, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do Estado e da Rumo ALL com a iniciativa privada. A previsão é de que a Rumo realize os estudos de investimentos e o Estado faça o licenciamento ambiental de alguns trechos que necessitem de desapropriação para retificação do traçado da ferrovia.
Uma das alternativas é a construção de um novo ramal da Ferronorte, em bitola larga, no trecho entre Aparecida do Taboado e Três Lagoas. Além disso, o trecho seria conectado a Novoeste, que passaria por uma transformação de bitola métrica para bitola larga de Três Lagoas a Campo Grande, possibilitando o transporte de trens de 120 vagões de forma eficiente e produtiva no Corredor Campo grande – Porto de Santos.
Para o presidente da Rumo, Júlio Fontana, “a única questão é que atualmente temos um problema geográfico de concentração de carga no sul do Estado, o que torna mais fácil e barato ir de caminhão até o Paraná e exportar pelo Porto de Paranaguá, mas se houver a possibilidade de vir para Campo Grande e usar a ferrovia que está disponível, obviamente que isso será feito”, ponderou.
Ainda segundo Fontes, atualmente, transporta-se celulose em maior quantidade e o transporte de minério continua sendo feito, mas o único produto que não trafega por questão de segurança é o combustível.
Fonte: Correio do Estado