Túnel submerso ligando Santos – Guarujá (SP) (Foto: radarnacional.com.br)
A Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) informou que a abertura das propostas comerciais para construção do túnel Santos-Guarujá foi suspensa por tempo indeterminado. A medida partiu do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A audiência ocorreria na segunda-feira (2), na sede da estatal ligada ao Governo do Estado de São Paulo.
Segundo apurou o Valor, a decisão acata representação feita ao órgão pela Andrade Gutierrez, uma das empresas que integram o consórcio ISG Interligação Santos-Guarujá, classificado para a fase de preços. Procurada pelo Valor, a Andrade Gutierrez negou-se a explicar o que ensejou seu pedido ao TCE e limitou-se a dizer que não se pronunciaria.
O túnel Santos-Guarujá é o maior projeto de interligação viária da história da Baixada Santista. As obras civis estão orçadas em R$ 2 bilhões e são o objeto da disputa que ocorreria na segunda. O valor global do empreendimento, no entanto, somará pelo menos R$ 2,8 bilhões – incluirá reassentamentos e desapropriações, entre outros.
Conforme mostrou reportagem do jornal, quatro consórcios foram classificados para disputar a construção do túnel – três deles liderados por empresas citadas na operação Lava-Jato da Polícia Federal, que apura esquema de corrupção de empreiteiras contratadas para fazer obras para a Petrobras.
Além da Andrade Gutierrez, participam do ISG Interligação Santos-Guarujá as empresas Daewoo e CR Almeida. O Nova Travessia é integrado pela Constram, Ing. E. Montovani e Piacentini Tecenge do Brasil; o Túnel Santos-Guarujá, pela Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS e Strukton; e o Sigma é composto pela J. Malucelli Construtora de Obras, Grandi Lavori e Salini Impregilo. Todos são integrados por empresas estrangeiras com experiência em construção de túneis imersos em ambientes portuários – inédito no Brasil.
Fonte: Valor Econômico