Burocracia emperra a retomada do Porto Seco na Capital

A novela do Terminal Intermodal de Cargas de Campo Grande, o chamado “Porto Seco”, continua em 2014, sem data certa para os últimos capítulos. A retomada das obras tem sido adiada desde o começo do ano passado.A última data prevista era janeiro de 2014, mas foi remarcada, sem dia certo, para acontecer neste mês de março.

A justificativa para os sucessivos adiamentos é a necessidade de aprovação da reprogramação do cronograma de obras, que deve ser apresentado pela Prefeitura de Campo Grande ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

A greve dos funcionários do órgão, os problemas burocráticos e, por último, a troca da equipe de técnicos responsáveis pelo projeto são os motivos apresentados pela administração municipal, após cada um dos atrasos.

“A expectativa é de que a aprovação saia por esses dias e que consigamos retomar a obrar agora em março,
ainda”, prevê o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha), Semy Ferraz.  

Ele explica que o último relatório foi entregue no fim do ano passado, mas o Dnit pediu outros documentos, como atualização de valores do orçamento da obra. A documentação completa foi entregue no dia 15 de janeiro.

Prazos

Com o cronograma aprovado, Semy afirma que a conclusão da construção deve ser rápida, entre 60 e 90 dias, pois mais de 90% da estrutura está pronta. Com isso, se as obras forem retomadas em março, o término dos trabalhos  será no limite do prazo para vencimento do comvênio entre prefeitura e DNIT, em junho deste ano.

O contrato já foi prorrogado em outubro do ano passado, quando era a previsão inicial de conclusão do terminal. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do departamento para saber se existe possibilidade de nova renovação  do convênio e prazo para a liberação da ánalise do projeto, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.  O Dnit também não se pronunciou sobre os problemas que causaram os sucessivos adiamentos.

Complexo

A demora para conclusão do Terminal Intermodal prejudica a obra e a instalação da parte administrativa do complexo, que é terceirizada para a Jbens Participações. A empresa tem prazo previsto, em edital, para concluir seu projeto até o fim de 2014, mas essa data contava, ainda, com o cumprimento do cronograma inicial. O investimento deverá ser de R$ 200 milhões.

O funcionamento do “Porto Seco”, que será um posto aduaneiro e fundamental para agilizar o escoamento e a entrada de produtos
no Estado, também está emperrado. A liberação do posto ainda depende de questões burocráticas.

A assessoria de imprensa da prefeitura não respondeu se está acompanhando a instalação da parte administrativa no complexo e se há previsão de início para essas obras e para a operação. 

Fonte: Correio do Estado