CCR MS-Via custeará projetos da BR-163 nos perímetros urbanos

Os custos com novos projetos de duplicação da BR-163 nos perímetros urbanos serão da CCR MS-Via. A decisão foi tomada na tarde de quarta-feira (8) após reunião entre prefeitos das 21 cidades impactadas pelas obras, parlamentares e representantes da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestes), em Brasília.  A informação foi dada pelo gabinete do deputado federal Elizeu Dionizio (Solidariedade/MS), que recebeu em audiência o presidente da Assomasul, Juvenal Neto (PSDB) e os prefeitos das cidades atingidas pelas obras de duplicação da rodovia.

A preocupação dos gestores municipais é   com o custo dos projetos que teriam de fazer e os prejuízos que a duplicação pode causar às empresas localizadas às margens da rodovia.
Durante reunião com parlamenteres e representantes da concessionária na ANTT, o presidente da Assomasul expôs a sua preocupação diante da complexidade do extenso projeto e com a falta de recursos financeiros por parte das prefeituras de Mato Grosso do Sul. Juvenal Neto, que é prefeito da cidade de Nova Alvorada do Sul, considerou importante o fato de a concessionária da obra resolver elaborar os projetos, por entender que a maioria dos municípios tem dificuldades financeiras para custear as despesas.

Para o prefeito de Jaraguari, Vagner Gomes Vilela, a reunião foi muito produtiva porque deu poder para a CCR resolver os problemas nos municípios e a suspensão da duplicação nos perímetros urbanos vai permitir adequar a obra a realidade de cada localidade. ´Cada município tem sua característica, dentro destas demandas locais, a CCR fala que precisamos de projeto, ai surge o problema. A maioria dos municípios não tem condições de fazer projeto´, reforçou Dionizio em defesa dos prefeitos.

A diretora da ANTT, Natalia Marcassa, disse  que embora sejam acatadas as alterações, elas terão de atender o coletivo, ou seja, os usuários da rodovia e não segmentos específicos .
Ela afirmou ainda que as obras de duplicação da BR-163 nos trechos urbanos estão suspensas até que os prefeitos apresentem as alterações necessárias e que os custos com os novos projetos ficarão sob responsabilidade da CCR. O secretário interino do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, destacou que embora os gestores tenham de conversar com a CCR, a decisão sobre qualquer alteração depende da ANTT.

´Tragam tudo para a ANTT, a CCR só pode fazer o que está na concessão, a empresa não pode atender tudo o que o prefeito quer, por isso queremos que a ANTT autorize a CCR a fazer as mudanças´, sugeriu. Esta afirmação foi reforçada pelo diretor presidente da CCR MSVia, Maurício Negrão. ´Não vamos fazer nenhuma obra no perímetro urbano sem discutir com prefeitos, nós não aprovamos nada, quem aprova é a ANTT, é o Ministério (dos Transportes). Para nós, as demandas de Campo Grande estão corretíssimas´, pontuou

Fonte: NTC