(Foto: Correio do Estado)
O presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Sul, Rudimar Artur Borgelt, avalia que a incidência de lagartas nas lavouras é grande na região e isso pode prejudicar a produtividade. “Vamos saber a partir das próximas semanas o impacto para a produção”, diz. Em São Gabriel do Oeste, o presidente do Sindicato Rural, Julio Cesar Bortolini, diz que a expectativa é boa para a colheita no município, com média de 60 sacas por hectare. “Aqui as condições estão ótimas. Pode ser que chova em alguns dias, mas isso é bom”, analisa.
O período sem chuvas também é fundamental para os reparos nas estradas e pontes que foram destruídas principalmente na região sul do Estado, com as chuvas intensas das últimas semanas. A Associação dos Produtores do Estado (Aprosoja-MS) alertou durante o lançamento oficial da colheita, na semana passada, que o sucesso da safra dependia não só das condições de colheita no campo, mas também de logística para transporte dos grãos. A expectativa para a safra 2015/2016 é de produção de 7,2 milhões de toneladas.
Preço
A colheita começa com a cotação da soja alcançando médias históricas para janeiro. “É o maior valor de todos os tempos para o mês”, afirma a analista de mercado Tânia Tozzi, acrescentando que a cotação neste mês já chegou a R$ 76, o que é atípico para o período (geralmente durante a colheita os preços tendem a cair por conta da maior ofertado produto). Ela explica que os valores são puxados pela alta do dólar, que influencia os preços do mercado internacional, e por conta dos problemas na safra. “Tivemos pontes, estradas destruídas e isso vai atrasar a colheita. Tudo isso influencia no mercado”, esclarece.
No entanto, a analista ressalta que a cotação da saca em alta não significa, neste momento, aumento na lucratividade do produtor, porque se de um lado o dólar puxa a cotação, de outro ele eleva os preços dos insumos, majorando o custo de produção. “Uma coisa é preço (de saca) outra é lucratividade. O produtor não está vendo seu lucro crescer na mesma proporção. Tivemos um aumento enorme no custo de produção (até 25%, ela estima) e ainda vamos ter mais, com transporte. Mas certamente é um valor histórico a cotação de agora e se isso se mantiver, o produtor deve ter um ano excelente”, avalia.
Fonte: Correio do Estado