(Foto: Valdenir Rezende – Correio do Estado)
A empresa que vencer a licitação da BR-163 vai herdar projeto do Governo do Estado para duplicar a rodovia nos 26 quilômetros no perímetro urbano de Campo Grande, segundo matéria de hoje (4) do jornal Correio do Estado. Para viabilizar o fluxo de veículos de forma segura neste trecho, terão de ser investidos no mínimo R$ 700 milhões (10,7%) dos R$ 6,5 bilhões previstos pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) na construção de mais pistas, viadutos, passarelas, acessos, trevos, retornos, passagens subterrâneas no prazo de cinco anos nos 847,2 quilômetros da via. De acordo com o secretário de Estado de Obras Públicas e Transportes de Mato Grosso do Sul, Edson Giroto, o governo do Estado estava pleiteando esta duplicação, mas, com o anúncio, no ano passado, de que a BR-163 seria desestatizada, este pleito foi interrompido. “O projeto já foi feito pela Secretaria de Obras, estávamos pleiteando junto ao Governo federal a inclusão no PAC, já que o tráfego é muito grande. Mas, com a concessão, paramos tudo”, enfatizou o secretário.
No trecho da rodovia que corta Campo Grande, o fluxo de veículos é o maior, com 66,4 mil veículos/dia numa extensão de 15,7 quilômetros próximos ao cruzamento com a BR-262, segundo levantamento da ANTT. Este total representa 10% a mais do que o segundo trecho com tráfego mais intenso, que corta Dourados, com 60,3 mil veículos/dia. Para melhorar as condições de tráfego, a concessionária terá de investir, nestes 42 quilômetros, R$ 700 milhões, o que corresponde a mais de 10% do valor total previsto para os 847,2 quilômetros, embora englobe apenas 5% da rodovia. “Este valor é mais elevado em relação a outros trechos por causa do grande número de interferências existente. Há demanda por muitas obras”, destacou o secretário de obras.
No segundo ano deverão ser duplicados 129 quilômetros da via, o que corresponde a 16% da extensão; no terceiro, 193,5 quilômetros; no quarto, 274,2 quilômetros e, no quinto ano, 209,7 quilômetros, totalizando 806 quilômetros duplicados. Somente após executar 10% da duplicação, 80,6 quilômetros, é que a concessionária poderá começar a cobrar. A reportagem é de Clodoaldo Silva, correspondente de Brasília.
Fonte: Correio do Estado