















O protesto pacífico que caminhoneiros de todo País realizam nas estradas brasileiras está ganhando o apoio de setores da sociedade civil. No início da noite desta quarta-feira, 25 de fevereiro, cerca de 200 de veículos saíram em carreata dos altos da Afonso Pena, em Campo Grande, em direção à saída para Três Lagoas, como forma de apoiar os manifestantes.
Na pauta de reivindicações, estão a redução de impostos, melhorias nas condições viárias, entre outros pontos. Presidente da Associação Comercial de Campo Grande, João Carlos Polidoro, disse que aderiu ao movimento, como cidadão, por estar indignado com os preços dos combustíveis e as péssimas condições das rodovias.
Empresários de vários setores também se somaram à causa. Dono de uma mineradora, Marcelo Mendonça Agulha disse que enfrenta dificuldades para transportar seus produtos. Segundo ele, há poucos lugares para os motoristas abastecerem e se alimentarem ao longo das rodovias. “Além dos mais, a alta dos custos reflete diretamente na matéria prima. A população brasileira acaba pagando as consequências”, mencionou.
O gerente da concessionária Scania em Campo Grande, Fábio Henrique Resende, também esteve presente na carreata e afirma que o movimento é legítimo. “A classe está sofrida. Está com uma desvalorização muito grande no valor do frete. O custo está muito alto perto do que eles tem de remuneração. Atrapalha toda a cadeia, sofre todo mundo. Sofre o vendedor de caminhão, sofre o dono de posto de combustível, sofre a sociedade como um todo. Temos que ajudar, que estar junto, e mostrar que a sociedade está cansada com tudo que está acontecendo e que nada está mudando. Eles carregam o país nas costas e não tem remuneração suficiente para isso. Eles não estão sozinhos”, disse.
Presente também está o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logísticas de MS (SETLOG/MS). Representantes desde sindicato têm apelado ao governo do Estado pela redução do ICMS sobre os combustíveis. Em entrevista ao Diário Digital, o presidente do SETLOG/MS, Cláudio Cavol disse que as vendas de óleo diesel poderiam dobrar se o preço do produto caísse. Logo, o governo não seria impactado negativamente na arrecadação de tributos.
Fonte: Diário Digital