(Foto: deputadovander.com.br)
Com a expectativa de melhorar a via e, finalmente, diminuir o número de acidentes na BR-163, o Grupo CCR deve assumir, hoje, o controle dos 847 quilômetros da rodovia, que corta o Estado inteiro. O início da operação depende apenas da publicação, no Diário Oficial da União, do Termo de Arrolamento de Bens, assinado na última sexta-feira. A publicação deve sair hoje. O Termo de Arrolamento de Bens nada mais é do que a transferência da rodovia, até então sob responsabilidade da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para a concessionária, que poderá explorá-la pelos próximos 30 anos. Diretor de Operações da CCR MS Via, empresa do grupo que irá administrar a concessão em Mato Grosso do Sul, Juvêncio Pires Terra garante que está tudo pronto para o início da operação. “De imediato, vamos começar com os trabalhos de conserva, melhoria na sinalização e tapa-buraco. Vamos fazer um pente no geral na estrada. Com isso, o usuário vai ter, em curto tempo, a percepção de que estamos trabalhando”, arma. Como a rodovia é extensa, a concessionária optou por iniciar os trabalhos nos trechos mais necessitados: Dourados, Campo Grande e região norte. Neste último, pesou o fato do trecho norte da BR-163, em MS, concentrar a maior parte dos buracos na pista. A parte norte da rodovia é alvo frequente de reclamações em razão das condições da pista. As obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), até então, concentravam-se, principalmente, na região sul da rodovia. “Estamos com olhos voltados mais para o norte. Temos andado na estrada e os buracos têm sido causa constante de acidente na pista. Somos obsessivos com buraco na pista”, armou Terra. Nos trechos mais longos, em que houver problemas de depressão na pista, será recolocada uma nova camada de asfalto.
DUPLICAÇÃO
Parte mais aguardada das obras previstas para a 163 durante a concessão, a duplicação será iniciada em trechos diferentes. Oito, ao todo. Estes trechos são aqueles que, conforme o Programa Via Rápida, da União, não dependem do licenciamento ambiental para serem iniciados. Juntos, eles somam 81,3 quilômetros. A previsão da concessionária é que as obras comecem no mês que vem. De acordo com Juvêncio Terra, inicialmente, os trechos que serão duplicados estão localizados entre Coxim e Rio Verde, e entre Dourados e a divisa com o Paraná. “O adequado seria um trecho único de 81 quilômetros, mas vamos fazer naqueles trechos em que é possível de imediato”, garantiu. A duplicação da rodovia é uma das condicionantes para o início da cobrança de pedágio. Pelo contrato assinado com o governo, a concessionária tem que duplicar, no mínimo, 10% da extensão da rodovia para iniciar a cobrança de pedágio. Quando venceu o leilão, o Grupo CCR havia apresentado o valor de R$ 4,38 para cada 100 quilômetros percorridos. Os valores, contudo, são referentes a maio de 2012. Ou seja, quando a cobrança for começar, o valor já será reajustado. Se a cobrança começasse hoje, o valor teria sofrido um reajuste de 12% e chegaria a R$ 4,92 a cada 100 quilômetros percorridos.
Fonte: Correio do Estado