Entidades apresentam proposta unificada de renovação da frota de caminhões

Em uma reunião nesta segunda-feira (25/11) com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, as principais entidades envolvidas com o transporte rodoviário de carga apresentaram, em conjunto, apresentaram uma proposta unificada de renovação da frota de caminhões.

O intuito principal é retirar de circulação parte dos 228 mil veículos com mais de 30 anos de idade, os quais representam 7% do total da frota do País. Esse volume está envolvido em cerca de 25% dos acidentes nas estradas, e segundo o presidente do sindicato, Rafael Marques, os acidentes de trânsito representam cerca de R$ 4,9 bilhões em gastos da Previdência e da Saúde.

Além de ajudar a reduzir acidentes, o programa traria outros benefícios, como a retirada de circulação de veículos altamente poluentes, que dão mais problemas de manutenção e consomem mais diesel e o surgimento de mercado adicional.

No entanto, o foco inicial é a troca dos caminhões de mais de 30 anos por outros seminovos, na faixa de dez anos, que já conseguem trazer economia de combustível e redução de emissões, na comparação com aqueles.

Como condição para discutir um programa, o governo havia estipulado que as entidades envolvidas fechassem proposta de consenso. Ao todo dez entidades participaram da elaboração do estudo: ANFAVEA, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, CNT, Confederação Nacional do Transporte, FENABRAVE, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, Instituto Aço Brasil, INESFA, Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço, NTC&Logística, Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, SIMEFRE, Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários, SINDINESFA, Sindicato das Empresas de Sucata de Ferro e Aço, SINDIPEÇAS, Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, e SMABC, Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

O consenso foi alcançado após algumas reuniões, sendo que entre os pontos acertados e que serão apresentados estão a reivindicação de incentivo tributário e de crédito linha de financiamento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para a compra de veículos mais novos, a adoção de sistema de metas anuais de renovação, estruturação de usinas de reciclagem, a baixa do registro e destinação dos modelos velhos para esses locais e a criação de fundo garantidor, que serviria como aval para garantir que os financiamentos sejam honrados.

Fonte: Portal Transporta Brasil