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Redução da dívida com a União é apenas parte dos objetivos do governo estadual, com o empréstimo internacional. A outra finalidade é investir em logística de transporte de madeira e grãos e recuperar áreas degradadas, com o plantio de eucalipto. “Vamos implantar um programa de investimento na faixa de R$ 1,5 bilhão, para construir rodovias e melhorar a logística do Estado”, disse o governador Reinaldo Azambuja. Em relação à malha rodoviária, as propostas fazem parte das ações do Plano Estadual de Logística e Transporte (Pelt/MS). Trata-se da pavimentação de aproximadamente 900 quilômetros e reabilitação de 100 quilômetros de rodovias.
Segundo a carta-consulta apresentada ao Ministério do Planejamento, as obras darão continuidade a projetos já desenvolvidos, “a exemplo do Programa de Transporte e de Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso do Sul – PDE/MS, financiado pelo Bird [Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento] e do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso do Sul – PADR/MS, apoiado pelo BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”. Com a melhoria da infraestrutura de transporte, o governo pretende atender, especificamente, os segmentos de celulose e de grãos. O documento classifica como “duas demandas imediatas” as seguintes: “a área de expansão das plantações de eucalipto a leste da BR-163 e a área de expansão de grãos na direção de Ponta Porã e Bonito”. Com o avanço do plantio de grãos e eucalipto, o governo pretende, segundo a carta consulta, diminuir as áreas degradadas.
Celulose
O investimento em logística de transporte contempla a Eldorado e a Fibria, com unidades instaladas em Três Lagoas. O documento enfatiza que essas empresas processam 3 milhões de toneladas por ano e devem dobrar esse volume em cinco anos. “Este transporte [de madeira de eucalipto] será feito preferencialmente pelo eixo da BR-262, sendo a alimentação do fluxo a partir das áreas de plantio efetuadas por rodovias estaduais não pavimentadas. Para atender essa produção, haverá movimentação de 10,4 milhões de toneladas anuais de madeira, demandando um fluxo de 208.000 veículos por ano, de composição de veículos do tipo bitrem”, afirma a carta-consulta
Fonte: Correio do Estado