Brasil, Paraguai, Argentina e Chile se comprometem a terminar obras de infraestrutura até 2020. (Foto: Setlog MS)


O III Seminário da Rota Bioceânica que aconteceu em San Salvador de Jujuy, na Argentina, nos dias 6 e 7 de outubro, trouxe grandes avanços na implantação do corredor que abrirá os portos do Oceano Pacífico, com saída pelo Chile, às exportações brasileira. Entre eles, destaca-se a assinatura de um pacto assinado por representantes do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, que definiu os prazos para a implantação da infraestrutura necessária para a efetivação da Rota.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) apresentou o projeto da Ponte Internacional que ligará Porto Murtinho a Carmelo Peralta (PY), com prazo de entrega até 2020. Já o Paraguai, ficou de entregar também até esta data, os 580 quilômetros de rodovias que precisam ser asfaltadas naquele país. No próximo dia 20, acontece a licitação dos primeiro 250 quilômetros e no 1º semestre de 2017, serão licitados os quilômetros restantes.
Do lado da Argentina, ficou acordado que ela implementará trabalhos de melhorias nos trechos de acesso ao Passo de Jama, tendo em vista que o traçado passa pelas Cordilheiras e que caminhões de grande porte não conseguem transpô-las. Além disso, os argentino se comprometeram em asfaltar os 34 quilômetros de rodovia que faltam quando se adentra ao país na fronteira com o Paraguai em Pozo Hondo.
Na parte que coube ao Chile, foi apresentado a possibilidade de duplicação do trecho entre Callama até aos portos de Antofogasta e realizar melhorias no Passo Fronteiriço Integrado entre a Argentina e o Chile, a fim de agilizar os trâmites aduaneiros.
O Ministro de carreira das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, também informou que a Receita Federal está empenhada em modernizar seu sistema de aduanas, à fim de dar mais celeridade aos processos intra-fronteiriços.
Durante o encontro, também foi discutido a implantação da Rede Universitária Bioceânica, que contou com a participação do reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Fábio Edir dos Santos Costa e de representantes de outras instituições de ensino superior latino-americanas. O objetivo principal da Rede é desenvolver cursos voltados para a capacitação de todos que operarão na Rota Bioceânica.
O Setlog/MS, que integrou a comitiva do Brasil, foi representado pelo diretor-executivo, Dorival de Oliveira, que acompanhou todas as reuniões e assinatura dos acordos, colhendo informações e apresentando a potencialidade e as perspectivas do setor de transporte e logística no Estado e, em especial, na região Centro-Oeste brasileira.
Fonte: SETLOG MS