(Foto: jovempan.uol.com.br)
Economistas ampliaram a expectativa de retração do PIB em 2015 para 2,7%. Há uma semana, previa-se queda de 2,44%. O pessimismo sobre o indicador tem aumentado recentemente com a divulgação da queda de 1,9% do PIB no 2º trimestre e a retirada do Brasil do selo de bom pagador pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. Há um mês, a expectativa era de queda de 2,06%. As projeções fazem parte do boletim Focus do Banco Central, pesquisa realizada entre economistas e divulgada semanalmente pela instituição. Para 2016, a previsão é de que o PIB se retraia 0,8%.
Há uma semana, esperava-se queda de 0,6% e há um mês, de 0,24%. Também foi ampliada a previsão para a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), para 9,34% no fechamento do ano. Há uma semana, esperava-se alta de 9,28%. Para 2016, espera-se inflação em 5,7%. Há uma semana, esperava-se alta de 5,64%. A previsão é que a taxa de câmbio seja cotada a R$ 3,86 no final do ano. Na semana passada, esperava-se que o câmbio fechasse em R$ 3,70. O dólar comercial fechou na sexta-feira em R$ 3,96. Para 2016, a expectativa é de que o dólar feche em R$ 4,00. Há uma semana, esperava-se o dólar em R$ 3,80. Foi mantida a previsão da taxa Selic para o fechamento de 2015 em 14,25% ao ano. Para 2016, ela foi ampliada para 12,25% ao ano. Há uma semana esperava-se que fechasse em 12% ao ano.
ATIVIDADE
Após registrar três trimestres seguidos de baixa, a atividade econômica iniciou o terceiro trimestre de 2015 em ligeira queda. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) recuou 0,02% em julho na comparação com junho. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a queda foi de 4,25%. O indicador acumula ainda retração de 2,74% no ano e de 1,93% em 12 meses. O IBC-Br serve como referência para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os dados utilizados no cálculo do indicador estão os números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre produção industrial, vendas no varejo e atividade no setor de serviços. Dados do PIB (Produto Interno Bruto), medido pelo IBGE, e também do IBC-Br indicam que a economia brasileira está em recessão desde o ano passado.
Reportagem da Folha de S.Paulo de sábado mostrou que dados recentes da economia real indicam que a situação do país tende a piorar até o fim do ano. Encomendas de insumos essenciais para a produção, como energia e embalagens, continuam em queda em relação ao ano passado e a meses anteriores deste ano. Segundo o BC, com o processo de ajuste macroeconô- mico em curso, a taxa de crescimento do PIB mostra que o ritmo de expansão da atividade neste ano será inferior ao seu potencial. Esse processo, para a instituição, está sendo intensificado pelas incertezas geradas por eventos não econômicos, como a operação Lava Jato. Para voltar a crescer, no entanto, o BC avalia que é necessário recuperar a confiança de empresas e consumidores na economia, por meio, por exemplo, da queda da inflação e da melhora nos indicadores das contas públicas.
Fonte: Correio do Estado