(Foto: www.avifran.com.br)
O início da colheita de milho em Mato Grosso do Sul é acompanhada de uma preocupação logística: a da armazenagem. O déficit alcança cerca de 500 mil toneladas do cereal o que corresponde a R$ 158 milhões nos valores atuais do produto. O problema decorre do cruzamento de culturas em momento de safras recordes sequenciais – enquanto as máquinas colhem milho em todo o Estado, ainda há soja e outros grãos estocados. O quadro também se relaciona à precariedade estrutural de parte dos armazéns.
Leonardo Carlotto, analista técnico da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) afirma que há armazéns não utilizados por problemas estruturais. “Alguns estão muito velhos, chegando até mesmo a serem usados para guardar máquinas“, detalha. “Esses fatores todos reduzem a capacidade de estática para 6 milhões de toneladas. Isso significa que, por enquanto, não teria como estocar 500 mil toneladas de milho“ conclui, considerando, nessa conta, a produção projetada em 6,5 milhões de toneladas do cereal.
CONAB
Nilson Azevedo, gerente de operações da Companhia Nacional de Abastecimento em Mato Grosso do Sul (Conab/MS), faz análise ainda mais moderada. Ele afirma que a situação de armazenagem no Estado é relativamente tranquila. Isso porque os preços do milho em MS estão acima aos da média do mercado, o que impulsiona bom ritmo de comercialização e não provoca necessidade de intervenção governamental na compra do produto.
Se não há ainda leilões de milho, já ocorre, no entanto, leilão para contratação de serviços de transporte para remoção de 12 mil toneladas do cereal em Sidrolândia, São Gabriel, além de Sorriso em Mato Grosso.
Fonte: Jornal Correio do Estado