Sem garantia de respostas, propostas para concessão da BR-163/MS podem ser enviadas até segunda-feira (13)

Setor logístico desde dezembro vem criticando o novo modelo por não permitir mudanças significativas

Por Michelly Perez /A Foto

O prazo para a apresentação de propostas para o projeto de concessão da BR-163 termina na próxima segunda-feira (13). Mesmo sem esperanças de que as demandas sejam contempladas, o momento é marcado pela oportunidade do envio de reivindicações para uma “possível” inclusão na readequação do contrato.

Conforme noticiado pela Revista A Foto, no dia 17 de dezembro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres esteve em Campo Grande, onde realizou uma sessão pública para apresentar proposta de readaptação e otimização do contrato do trecho de 845,90 km, que atualmente está sob responsabilidade da CCR MSVia, mesmo esta não tendo cumprido com as suas obrigações.

A reunião, que para muitos pareceu um “Déjà vu” e terminou com a desaprovação de prefeitos de municípios do interior do Estado e de representantes do setor logístico e de transporte de cargas, foi uma das exigências previstas antes de enviar o projeto a leilão.

Na ocasião, o presidente do SETLOG/MS, Cláudio Cavol, descreveu a audiência pública como uma decepção,pois, conforme foi explicado, o novo contrato não permite mais mudanças significativas, principalmente se tratando dos valores cobrados pelos pedágios e da falta de duplicação.

“Além de grandes produtores, nós temos os pequenos. E como é que esse pessoal vai escoar sua produção do campo para a cidade com uma tarifa tão cara assim como está sendo apresentado? Só para se ter uma ideia, eles estão permitindo que a CCR Via aumente em 33% a tarifa de pedágio já no próximo ano com um mínimo de investimento, com apenas 10 ou 11 quilômetros de duplicação. Isso já é um desastre, imagina daqui a três anos quando for 100%?”, questionou Cavol.

Sobre a possível duplicação dos 845 quilômetros até 2054, anunciada pelo diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, Cavol é enfático: “Quem viver, verá. Mas até lá, vamos continuar a pagar um dos pedágios mais caros do Brasil sem ter o devido serviço”.

Como participar?

Interessados em contribuir com o processo podem encaminhar suas contribuições no Sistema Participantt.

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