(Foto: Correio do Estado)
O trecho da BR-163 onde duas carretas colidiram no início da tarde de ontem, perto de Jaraguari, onde um dos motoristas morreu não está incluído nas obras de duplicação da CCR MS Via, concessionária que administra a rodovia em todo o Estado de Mato Grosso do Sul. O acidente ocorreu no km 539 da estrada, enquanto em Jaraguari, serão seis quilômetros de pista dupla: do km 513,3 ao km 519,7.Os trechos onde morrem mais gente da rodovia, diga-se de passagem, não foram contemplados pelas obras da concessionária. A parte mais violenta da estrada, compreendida entre a Capital e Jaraguari, onde, segundo a Polícia Rodoviária Federal, já morreram 10 pessoas neste ano, também não será duplicada. Mesma situação se aplica ao Anel Viário de Campo Grande, onde houve seis mortes em acidentes, também não terá, tão cedo, duas pistas. O compromisso da CCR com o Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) é o de duplicar todos 847 quilômetros da rodovia em Mato Grosso do Sul em cinco anos. Para começar a cobrar pedágio, pelo menos 10% desta extensão deverá estar duplicada. O valor do pedágio foi estabelecido em R$ 4,38 a cada 100 quilômetros no m de 2013, e será corrigido pelos índices de infração antes da cobrança. Para a CCR MS Via, é mais fácil duplicar a pistas em trechos onde o custo será menor com obras de aterramento e sem viadutos. As licenças ambientais automáticas para estes pequenos trechos, não superiores a 10 quilômetros, também facilita o processo. Ao todo, serão 10 os trechos duplicados até o fim deste ano: dois entre as cidades de Caarapó e Juti, um entre Jaraguari e Bandeirantes, outros sete trechos entre Bandeirantes, Camapuã, São Gabriel do Oeste e Rio Verde de Mato Grosso, e um trecho no município de Sonora.
Por Eduardo Miranda e Rosana Moura
Fonte: Correio do Estado